A vida de Mel

Melyssa morava com seus pais em uma casinha próxima a orla da praia de Atalaia, em Aracaju. Ia ver o pôr-do-sol todas as tardes, adorava a paisagem. Aluna dedicada do colégio Elite, tinha uma das melhores notas da sala. 
Boa filha, não tinha irmãos, seus pais trabalhavam o dia todo para darem tudo o que fosse necessário para a educação e conforto dela. Melyssa era definitivamente o orgulho dos pais. 
Seus amigos a chamavam de Mel, e a distinguiam como a justiceira da turma, pois ela sempre estava defendendo algum amigo ou até desconhecido que ficava encrencado, por ser justa não se aliava ao que acreditava ser errado e mesmo que fossem seus grandes amigos, Mel não defendia o que era ruim. 
Mel estava prestes a completar seus 16 anos e queria fazer uma festa na praia, uma comemoração mais tranquila com os amigos, vendo o sol se pôr, afinal era o que ela gostava de fazer. Então fariam um luau para comemorar seu aniversário. Ela escolheu os arcos da Atalaia para encontrar os amigos. 
Estava radiante, com seus longos cabelos encaracolados voando ao vento, uma felicidade que era comum naquele rosto sereno de Mel, a festa acabou antes das 20h e Mel quis ficar mais um pouco para observar as estrelas. Deitou-se na areia e ficou observando cada pontinho brilhante no céu, a brisa era leve e Mel ficou sonolenta até que foi fechando os olhos e tirou um cochilo, assustou-se com um cachorro que estava passeando por lá e lambeu-lhe o rosto.
- Uau! hahaha, quem é você amiguinho? Diz Mel aos risos
- AU! AU! AU! 
- HAHAHA! Obrigada por me acordar, você é muito bonito para estar sozinho nesta praia. - Mel acaricia o cachorro 
- Au! Au! Au! 
- É realmente uma pena que as pessoas abandonem animaizinhos na rua, um dia eu vou construir um abrigo e cuidar de todos os animais que encontrar na rua, eu te prometo! 
Mel achou melhor ir para casa, já estava tarde para ficar sozinha na praia
Au! Au! Au! 
- Hahaha! Eu vou nessa, até mais! - Ela sai despedindo-se do cãozinho.
Assim, foi em direção aos arcos da Atalaia, não sabia se era sonolência, mas parecia que estava acontecendo um mix de luzes dentro dos arcos.
- Nossa, será que estou vendo coisas? Essas luzes dentro dos arcos, são bem chamativas... - Disse esfregando os olhos.
 Mel achou que deveriam ser luzes especiais que colocaram lá e continuou seu caminho até atravessar os arcos e perceber que não estava mais no mesmo lugar...


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